sábado, 22 de novembro de 2008

Expedição faz história em Macaé

A cidade de Macaé, internacionalmente conhecida como a capital do petróleo, esconde além de riqueza mineral em seu mar, lugares paradisíacos. Trata-se da Laje Brava, fundo pedra localizado em frente à Praia dos Cavaleiros, a aproximadamente 30 minutos de remada.

O pico já recebeu figuras importantes décadas atrás. Fala-se que Guilherme Tâmega já surfou e aprovou o pico. Jefferson Anute também está na lista da estrelas que supostamente teria surfado essa onda linda, boa e perigosa, oferecida pela natureza com o único propósito de deslumbrar, divertir e encantar os poucos privilegiados que têm a oportunidade de desfrutar de uma onda tão perfeita.

Além de boas ondas, a Laje Brava guarda inúmeras histórias. Barbatanas de tubarão são as campeãs, sempre que o assunto “Laje Brava” está em pauta aparece alguém para dizer que já foi surpreendido por um tubarão, resta saber como sobreviveram, pois remar 30 minutos fugindo de um tubarão não é pra qualquer um.

Um pico cheio de mitos, histórias, visitantes ilustres, mas sobre tudo povoado por onda boa, por onda de verdade, que insiste em quebrar sozinha na maioria dos dias do ano, perfeita, pesada e azul!

No último dia 15 de novembro um grupo de jovens formados por macaenses, um carioca e um capixaba resolveram fazer o que jamais havia sido feito antes. Alugaram um barco e foram em busca da onda perfeita, não só para surfa-la, mas desta vez para fotografa-la. Parece obvio, alugar um barco, relativamente barato, e surfar um onda boa de verdade. Ai alguém pergunta por que ninguém fez isso antes?? A resposta? A resposta não existe, não há justificativa. Talvez os mais antigos não queriam divulgar o pico antes, mas desfrutar do conforto e segurança de um barco com um valor tão irrisório? Como disse, não há resposta plausível.

A “barca”, formada por Marcio Soares, Gabriel Lazaro, Fellipe Santiago, Marcus Vinicius, Igor Santos, Guilherme Soares, Malik Lazaro, Nicolas Bastos, Erisberto Abrantes e ninguém menos que Jéssica Becker, partiu rumo ao “el dourado” com uma certeza. Devido as condições do mar naquele dia (flat) seria impossível achar ondas grandes e fabulosas, e foi ai que a natureza nos surpreendeu. Na areia, no beach break, achar uma ondinha de meio metrinho se quer, era coisa para 007, e na Brava o meio metrão imperava, como se estivéssemos surfando em outro lugar.

“Já sabíamos e conhecíamos o potencial desse pico, fomos em busca de aventura, de imagens e avaliações”. Comentou Malik Lazaro, presidente da AMB. “A experiência foi mais do que proveitosa e agora temos total certeza que podemos sediar um evento jamais realizado no Brasil. A onda é fabulosa, o pico é tahitiano, a água é sempre azul e as ondas são sempre bem maiores do que as da areia, qualquer “previsãozinha” mínima é certeza de ondas clássicas lá, ou seja, é constante.” Finalizou Malik Lazaro.

A próxima expedição já esta marcada para o próximo swell de sudeste ou leste, ondulação predominante no pico. Com pelo menos um metro na areia a previsão é de que o pico apresente ondas de 1,5m ou 2 metros plus! Vale lembrar que o fundo é raso e que por trás de tanta beleza e perfeição se esconde uma situação de risco e que por qualquer descuido bobo, o bodyboarder pode se machucar com certa gravidade e ao invés de ficar na água, terá que assumir a câmera e ser o fotógrafo da vez.

Confira galeria de fotos do pico no link abaixo:

http://picasaweb.google.com/malik.macae/LajeBrava#